Escolas interditadas seguem sem reformas e retorno do ensino integral ainda é promessa em Paranaguá

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Foto: Reprodução Internet

Logo no início do ano letivo de 2025, a Rede Municipal de Educação de Paranaguá sofreu um duro golpe: seis escolas foram parcial ou totalmente interditadas por apresentarem problemas estruturais considerados graves. As unidades, segundo o prefeito Adriano Ramos (Republicanos), não ofereciam condições mínimas de segurança e salubridade para o atendimento das crianças.

Vamos pegar o Leôncio Correia, no meu bairro. Como ficou oito anos daquele jeito?, questionou o prefeito, durante entrevista à Rádio Ilha do Mel FM na última terça-feira (15). De acordo com ele, as estruturas apresentavam riscos à integridade física dos estudantes e profissionais, o que levou à imediata suspensão das atividades nas escolas afetadas.

Segundo o prefeito, a Secretaria Municipal de Educação está finalizando um levantamento técnico para avaliar com precisão as necessidades de cada unidade. Esse diagnóstico será a base para a elaboração de um novo processo licitatório. Atualmente, a Prefeitura possui um contrato em vigor, com saldo de R$ 15 milhões, destinado à manutenção predial. No entanto, segundo Adriano, a gestão decidiu não utilizá-lo.

Era um serviço horroroso e com valor salgadíssimo. A gente não vai seguir com quem não entrega um serviço de qualidade. Preferimos esperar o fim do contrato e abrir uma nova licitação, afirmou o prefeito, ao justificar a não realização das reformas. Ele criticou o que classificou como baixa qualidade dos serviços já executados e alegou que a continuidade do contrato representaria desperdício de recursos públicos.

Diante do impasse, as obras ainda não foram iniciadas e os alunos das escolas interditadas foram provisoriamente realocados para unidades próximas.

Ensino em tempo integral sem previsão de retorno

Outro ponto sensível abordado pelo prefeito diz respeito à suspensão do ensino em tempo integral, uma política educacional que vinha sendo adotada nos últimos anos e que era considerada essencial por muitos pais, especialmente os que trabalham em tempo integral e não têm com quem deixar os filhos.

Segundo Adriano Ramos, a retomada das atividades em tempo integral segue como compromisso de sua gestão, mas ainda não há prazo definido para que isso aconteça. Ele citou dois grandes entraves: o déficit de profissionais e as limitações orçamentárias impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Temos que ter escola o tempo todo para as nossas crianças. Mas como vamos ter se mais de 100 professoras se aposentaram nos últimos anos e não temos estrutura nem pessoal suficiente?, afirmou.

O prefeito também destacou que a Prefeitura está no limite de gastos com pessoal e que não é possível realizar novas contratações no momento, apesar da necessidade. Com isso, estudantes seguem sem acesso ao ensino em tempo integral.

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