OMS passa a recomendar ‘canetas emagrecedoras’ para tratamento de obesidade

Organização classifica obesidade como doença crônica e recomenda agonistas de GLP-1 para tratamento de longo prazo, mas ressalta barreira de acesso devido aos altos preços dos medicamentos.

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Foto: Myskin | Shutterstock

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta segunda-feira (1º) sua primeira diretriz sobre o uso de terapias com agonistas de GLP-1, conhecidas popularmente como “canetas emagrecedoras”. A agência recomenda o uso desses medicamentos como parte do tratamento de longo prazo para a obesidade, doença que afeta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo, segundo a organização.

A orientação ocorre em um momento de alta demanda global por essa classe de medicamentos. Governos ao redor do mundo avaliam a inclusão das terapias, consideradas de grande sucesso, nos sistemas públicos de saúde.

A primeira recomendação condicional aconselha o uso dos medicamentos GLP-1 por adultos —com exceção de mulheres grávidas— para o tratamento de longo prazo da obesidade. A segunda diretriz sugere que intervenções como dieta saudável e atividade física sejam oferecidas juntamente com a medicação.

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O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a nova orientação reconhece a obesidade como uma doença crônica que exige cuidados abrangentes e contínuos. Ele acrescentou que, embora a medicação “por si só não possa resolver essa crise de saúde global”, os agonistas de GLP-1 podem ajudar milhões de pessoas a controlar a condição e a reduzir os danos associados a ela.

A agência de notícias Reuters foi a primeira a informar que a OMS provavelmente adotaria essa medida.

A decisão mais recente da agência se baseia em uma ação de setembro, quando a OMS adicionou a semaglutida e a tirzepatida —ingredientes ativos do Ozempic (Novo Nordisk) e do Mounjaro (Eli Lilly)— à sua lista de medicamentos essenciais para o controle do diabetes tipo 2 em grupos de alto risco.

Nesta segunda-feira (1º), a OMS alertou que o custo econômico global da obesidade está subindo drasticamente, com projeção de chegar a US$ 3 trilhões anuais até 2030.

A OMS também ressaltou que o acesso aos medicamentos continua sendo uma barreira. Mesmo com a rápida expansão da produção, a estimativa é que as terapias com GLP-1 atinjam menos de 10% das pessoas que poderiam se beneficiar até 2030.

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A diretriz se aplica a adultos com Índice de Massa Corporal (IMC) de 30 ou mais. As recomendações abrangem três agentes: semaglutida, tirzepatida e um medicamento mais antigo da mesma classe, a liraglutida.

A agência disse que trabalhará com governos e partes interessadas em 2026 para ajudar a priorizar o acesso de pessoas com maior risco à saúde.

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Com informações da Agência Brasil.

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